Oi, Dilson. Já tem um bucado de tempo que eu estou aqui ni São Paulo. Tô com saudades daí da minha terrinha, da Marli e dos meninos, de Bethinha, Toninho, de todos.
Esses dias Didi me levô pra um tal de MASP. É um museu daqui muito conhecido. Ele é bonito que só vendo! Quando a gente chegô lá, ela me levô prum tal de acervo. Eu acho que é esse nome. Acervo é o lugar em que ficam os quadros que não saem do museu.
Oh, Dilson... Tem uns quadrinho tão bunitinho que só cê vendo! Umas mulé, uns hómi, tudo bem vestido, com cara de sério, a coisa mais linda. Quando a gente tava saindo do acervo que é enorme e tem muitos e muitos quadros, nóis descemos uma escada que parecia que estava se mexendo. Garrei na mão da Didi, dei um grito de “Maria valei-me” tão alto que o povo todo olhô pra mim. Que vergonha, Dilson.
Quando nóis chegamos lá embaixo tinha outros quadrinho de uns pintores da Alemanha.
Nossa, muito diferente dos do acervo que fica lá em cima. Esses Didi falô que tinha mais sentimento, eu não entendi direito, mais gostei dos quadro lá porque eles tinham menos cores, era mais escuro que os outros. Mais também tinha lá uns quadro colorido que tinha muitas cores clarona como amarelo, vermelho, essas cores, sabe?
Então, depois disso nóis fomos ver uns posters que tinha que coisá lá pra ganhar – um tal de caidrato, num sei falá, não. Era no computador que tava fazendo. Didi ganhou uns lá bonitinho que só.
Depois disso nóis domos embora. Pegamo um monte de metrô, ônibus e fomos pra casa pra discansar, né? Porque depois de todo esse passeio eu cansei.
Então, Dilson, tchau. Eu vou ficando por aqui. Mando um beijo prus meninos e pra Marli, pra todo mundo. E todo mundo aqui tá te mandando um beijo também. Tchau e não esqueça de escrever, viu! Que logo mais eu tô voltando pra Mortugaba, viu!
Beijos,
Auri
(Este texto foi escrita pela Ingrid.
Ela primeiro elaborou um personagem que morasse bem longe, que tivesse um jeito diferente de falar, e muitas outras características. Esse personagem é que deveria escrever uma carta contando de uma visita ao MASP.
Ela primeiro elaborou um personagem que morasse bem longe, que tivesse um jeito diferente de falar, e muitas outras características. Esse personagem é que deveria escrever uma carta contando de uma visita ao MASP.
Quis começar pelo texto da Ingrid porque, curiosamente, ela não foi ao museu naquele dia. A carta foi escrita com base no relato feito pelas colegas de ateliê.)
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