sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O rei - por Juliana e Isabella






Havia uma linha,
 a linha do contraste
que tanto dividia 
o campo e a cidade

Era provável
que fosse literal
lamentável,
mas tornou-se social.

No campo, povo humilde
era tão só
somente tristeza e
infelicidade.
Era assim!

Deus, lá do céu, viu
a linha da mão não desmentiu
que a majestade, só com eles,
fazia ruindade.
melancolia prevalecia...

Já na cidade, um véu de ilusão os encobria,
riam com grande inocência,
seguiam a linha em tudo
que o rei permitia.
Acreditavam que isso propiciava muita alegria
e liberdade.
quanta ingenuidade!

Entardeceu o dia,
sua alteza morreu,
a linha do mais esplendido
horizonte nasceu.
Bromélia já tinha,
mas lírio floresceu
para grande contentamento
dos plebeus.
No fim tudo se alinhou
já que todo contraste se nivelou.



(A proposta era de que, a partir da leitura de uma obra de Paul Klee e de exercícios em torno da ideia de "linha" fossem criados poemas, em duplas)


2 comentários:

  1. Juliana e Isabella:
    muito criativo o poema de voces. Eu também gosto de escrever sem métrica específica, e com isso fragmentar e dar novos ritmos com a leitura, permite novas e ampliadas interpretações.
    Otima abordagem da obra.
    Beijares e abraçares,
    Elaine

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  2. Realmente muito criativo!!
    Apartir de uma analise foi abordado um problema real: a desigualdade social e o contraste existente entre a urbanização e o campo, como uma ficção com um fundo de verdade.

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