sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Beatriz Milhazes - Fantasia


Depois das cores de Kandinsky, das linhas de Klee, do geometrismo de Mondrian e seu Neoplasticismo, chegou a vez de uma artista brasileira que reúne em sua obra um pouco de tudo isso. Trata-se da carioca Beatriz Milhazes.


(Beatriz Milhazes Serpentina, 2003, gravura edição 40, 129,5 x 129,5 cm)

Nascida em 1960, Beatriz frequentou cursos de artes no Brasil e no exterior e atualmente trabalha como pintora, ilustradora, cenógrafa e professora.


(Beatriz Milhazes, Cenografia do espetáculo Tempo de verão, 2004, Marcia Milhazes Cia de Dança)

A maior parte de seus trabalhos é em acrílica sobre tela, num processo lento, que pode durar meses. Tal processo, muitas vezes, pode se assemelhar ao da escrita: esboços, camadas diversas, sobreposições, ajustes constantes até o acabamento. 

(Beatriz Milhazes - O sonho de José, 2003/2004,  250 x 250 cm)

Elaine Perli Bombicini  comenta a respeito da artista no blog papelferepedra.blogspot.com:

"O que gosto em Beatriz é a conexão com os anos 70 (quando comecei a me interessar por arte, embora só a tenha conhecido muito depois), algo dos encaixes perfeitos que a alma barroca possui e algo de um efeito que vai de encontro a arte deco. Essa multifaceta que ela apresenta, amplia demais as possibilidades de análise e aprofundamento em sua obra. Estar diante de um quadro dela é viajar, nos mínimos e nos máximos detalhes, a profusão de cores e em alguns trabalhos a transparencia, nos lembram vitrais.
Possui obras de grandes dimensões, nos transmitindo a sensação de ter tido muito trabalho. Assim como ilustrações de livros que são pequenas obras de arte (mil e uma noites, se não me engano).
Estar em contato com sua obra é sentir uma certa alegria espontanea. Gera movimento!"
A  escolha de Beatriz Milhazes como nossa próxima referência vem atender à proposta de criação de um texto de fantasia, que poderá ser conferido nas próximas postagens.


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