O pintor russo Wassily Kandinsky (1866-1944) é o primeiro artista de quem analisaremos uma parte da obra. Na verdade, já analisamos uma reprodução do painel Guernica, de Pablo Picasso (1881-1973) que decora uma das paredes do nosso Espaço e que rendeu até um poema da Camila. Porém, a partir de agora, vamos nos deter um pouco mais sobre um autor e nos inspirarmos nele para a criação de nossos textos.
Pois bem, Kandinsky é um artista plástico bastante conhecido e admirado. Estudou pintura e música quando criança – os russos com boa situação financeira davam uma educação aos filhos baseada no modelo europeu – mas ingressou nas Faculdades de Economia e de Direito e quase se tornou professor nessa área. Quase. A paixão pela pintura o levou a mudar-se para a Alemanha, depois para a França, em busca de novos conhecimentos e de um ambiente mais propício ao desenvolvimento de sua arte. No entanto, a Rússia foi sempre uma referência em suas obras – as imagens, os ícones religiosos, o folclore, as luzes e cores.
(Cidade velha II. 1902. Óleo sobre tela. 52cm x 78,5cm)
Talvez o fato fundamental que o levou a mudar tão decididamente os planos de sua vida, abandonando a carreira acadêmica e se decidindo pela pintura, foi uma exposição que visitou em Moscou no ano de 1895, aos 29 anos, portanto. Tratava-se de uma coletiva de arte impressionista francesa, e Kandinsky ficou deslumbrado com uma tela de Claude Monet (1840-1926): O monte de feno. Lá, o que os críticos mais tradicionais julgavam como borrões de tinta sobre a tela, Kandinsky vislumbrou uma nova forma de conceber a pintura: não mais como mera imitação da natureza, mas como forma de expressão da sensibilidade e da imaginação do artista.
(O monte de feno - provisoriamente sem maiores definições)
Sob o impacto da exposição, no ano seguinte decide abandonar a carreira e partir em estudos para Munique, na Alemanha,
Saibam mais numa das próximas postagens
(Adélia Nicolete)
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